Hipnose guiada por EEG (Eletroencefalograma)

| Hipnose guiada por EEG

A Hipnose Clínica guiada por EEG (Eletroencefalograma) é um procedimento clínico que permite a obtenção de um estado modificado de consciência que é regulado e aferido por um equipamento de Eletroencefalografia que regista as frequências do funcionamento mental do paciente, garantindo que este permanece em estado Alpha durante todo o procedimentos terapêutico.

Diferindo da Hipnose Clínica clássica (sem monotorização por EEG) por apresentar um nível de cientificidade mais elevado, estamos perante um tratamento que permite, como menhum outro, aceder aos conteúdos inconscientes, vivências, experiências e crenças negativas do paciente que de algum modo possam estar a afetar o momento presente do paciente.

Em hipnoterapia, o estado de transe hipnótico é um estado de concentração profunda e absoluta durante o qual o paciente foca a sua atenção no que é dito, mantendo-se sempre consciente (nunca perdendo o controlo de si mesmo nem faz nada contra sua vontade).

O uso da hipnose como técnica psicoterapêutica revela enorme potencial, possibilitando a identificação e reprogramação de registos, memórias e crenças negativas que prejudicam a qualidade de vida e a saúde, sendo por isso muito útil para:

– corrigir comportamentos,
– potenciar capacidades,
– reforçar a autoestima e a autoconfiança e para
– facilitar o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal de forma saudável e harmoniosa.

Sendo muito importante termos perfeita noção que estamos perante uma abordagem natural e segura, que facilita a identificação e ativação dos recursos internos do paciente, recorrendo sempre à sua colaboração ativa. Como tal, o terapeuta deve ser sempre encarado como um facilitador, que poderá ajudar o paciente no seu processo de mudança e de promoção do seu desenvolvimento e equilíbrio, mas a resposta/solução está em na pessoa que está a ser analisada e não no analisador.

Para além disso, e ao contrário das crenças socialmente enraizadas, devemos ter consciência que não é possível hipnotizar alguém contra a sua vontade, sendo absolutamente necessário que a pessoa queira ser hipnotizada. Se esta não se permitir envolver, e não, não aceitar participar, libertando a sua imaginação perante as sugestões realizadas pelo profissional de saúde especializado, nada vai acontecer!

Dr. Renato Martins - Terapia de casal - Sexologia - Hipnose Clínica
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Ainda a este nível, é importante perceber-se que o paciente não vai dormir durante o processo terapêutico, apesar de poder parecer que sim (pelo facto, do seu corpo tender a ficar muito relaxado e imóvel, como se estivesse a dormir), porque a sua mente vai estar sempre particularmente focada e bastanteativa.

Sendo igualmente importante ter em consideração que o paciente não fica inconsciente durante nenhum momento do processo, porque apenas é induzida uma alteração do estado de consciência: da consciência de vigília (estado de alerta para o que acontece à sua volta) para a consciência hipnótica (centrada no seu próprio interior), ou seja, tal alteração não impedirá de forma alguma que o doente tenha perfeita noção do que lhe está a acontecer, fazendo nem dizendo nada contra a sua vontade.

Como tal, se por qualquer razão o paciente desejar sair do estado hipnótico em que se encontra, pode fazê-lo, simplesmente abrindo os olhos. E tal acontece porque não existe efetivamente perda de consciência, durante todo o procedimento hipnoterapêutico.

Feitas as consideração e os esclarecimentos alvitrados nos parágrafos anteriores, não restam dúvidas que estamos perante uma especialidade clínica que trabalha como nenhuma outra o inconsciente do paciente (acedendo a factos e acontecimentos do passado que podem estar a condicionar a vida presente), por ser capaz de provocar um estado alterado de consciência (cientificamente comprovado pelas alterações das ondas do EEG durante todo o processo) que não retira voluntariedade ao paciente que mantém o controlo absoluto sobre pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos.

Efetivamente, o grande beneficio de trabalhar com um doente em que seja instaurado um funcionamento cerebral do tipo alfa, consiste na expansão do volume informativo a que o paciente tem acesso, pelo facto do seu inconsciente estar mais relaxado e mais recetivo a dialogar (ainda que metaforicamente) como mundo externo.

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